quarta-feira, 23 de março de 2011

Amor,

aquele que a gente faz.

Aparentemente, tudo começa com o olhar. Por mais óbvio que isso pareça, ele muda quando se desperta o desejo.
E como se estivesse no modo automático, sorrisos maliciosos tentam aparecer nos rostos que se conhecem tão bem.
E então, o passe de mágica : os mesmo lábios que sorriam, agora estão juntos. Movimentam-se, a princípio, lentamente.
Depois de poucos segundos, esses movimentos são acelerados e, inevitavelmente os corpos estão por inteiro unidos.
A mão que segura forte a cintura, não fica por mais que dois segundos lá. A essa altura, a tensão já está maior que qualquer outro sentimento.
Os olhos anseiam por uma visão mais bela. E quando o calor aumenta, algumas partes cobertas sentem a imensa vontade de respirar. Então, peça a peça é despida.
E, por mais incrível que possa parecer, os corpos conseguem ficar mais próximos ainda. E quando essa fusão está completa, suor, afagos, e respirações ofegantes são comuns.
Os batimentos cardíacos parecem não funcionar direito, estão mais rápidos que o habitual. Os olhos teimam em virar pra cima.
Pronto, os músculos da perna se contraem e por um segundo esquecem-se de respirar.

- respirações -

Os corpos estiram-se na cama. Beijos calmos, afagos no cabelo.
Olhos fechando, fechando, fechados. Sono eterno até que ela acorda, querendo parar de respirar de novo.

Aparentemente, tudo começa com o olhar.