sábado, 29 de outubro de 2011

Corre devagar.

Acho engraçada a dinâmica do tempo.
Tem hora que ele se arrasta e geralmente, ou melhor, forçosamente quando eu preciso que ele corra. E pior que isso, quando é hora do tempo parar e fazer o aquilo durar eternamente, ele voa. Que sacana é esse senhor.
Esse tempo que me faz perder tempo.
Esse tempo que não é suficiente.
Nunca é o tempo certo.
Nunca é o tempo ao meu favor.
É o tempo curativo que eu não quero.
É o tempo escaldante que me aborrece.
O tempo frio que eu suo no quarto.
O tempo confuso.

Mas,
foi o tempo que me fez ela.
Sem ele eu estaria sozinha no calor.
Sem ele eu só teria um 'não', e não conheceria todos os 'sim'.
Foi o tempo que trouxe ela.
Foi o tempo quente dela que me fez suar no frio.
E agora eu quero todo o tempo do mundo. Pode ser pouco tempo, mas que seja suficiente, e que caiba tudo que eu preciso nele: ela.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Fase satisfatória - fim da minha oratória.

O que há com os macacos roubando trufas?
O que há com o céu apressado em mudar as luas?
O que há com esses pombos que não saem das ruas?

O que há com a beleza no encanto das serpentes?
O que há com as árvores que não mais deixam sementes?
O que há com a força desses sentimentos que ultrapassam o suficiente?

O que há com você que não sai mais da minha vida?
O que há com a gente que transforma tudo em armadilha?
O que há com eles que fazem questão de achar que estou abatida?