sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O amor não é cego, é mortal.

Agora sim. Depois de todo esse tempo, eis que você entendeu.
Ou fingiu entender toda a insanidade presente naquelas lágrimas.
É uma necessidade quase que fisiológica de estar perto.
Aliás, tá aí uma coisa que eu nunca entendi direito:
Por que o psicológico não é considerado parte fisiológica, se o cérebro e todos seus ajudantes fazem parte dessa casca que a gente carrega pra cima e pra baixo?
Mas isso não é importante.
Nada disso é importante.
O problema é que eu não suporto a ideia de você ter tocado outras pessoas na vida, antes de mim.
Não suporto imaginar que o que hoje eu chamo de minha propriedade, já foi amado com parte do meu afinco.
E que esses lábios estiveram em outras bocas, fazendo outras pessoas felizes.
Não suporto.
Se eu fosse escolher um super-poder, seria o controle da mente.
Mas não pense que é a mente alheia, queria poder controlar a minha mente.
E parar de imaginar cenas para o meu sofrimento voluntário.
Consequentemente, pararia de esgotar sua paciência com minhas crises infantis e completamente sem sentido.
Mataria por amor.
Mataria seu passado, incluindo pessoas.
Mataria seu futuro, se eu me visse sem você.
Mataria você.
Mataria você por amor.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Profanando a vida.

Sem vontade de comer, nada parece ter o gosto certo.
Forçada a esquecer que a idade não faz diferença.
Preguiça de viver.
Tudo anda tão cheio de um monte de nada completamente vazio.
Me irrita pensar que é isso mesmo e que vai ser assim para sempre.
Não quero enormes vazios de nada.
Preciso de vazios cheios de tudo.
Cores, formas, fôrmas diferentes, sem moldes.
Não há mais espaço para o pré-determinismo de outrora.
Eis o momento de celebrarmos nova aurora.
De quem foi a ideia de dizer que um dia tem uma ou vinte e quatro horas?
Conto minhas horas pelos fatos.
Como posso considerar  um dia perdido?
Isso não existe.
Acredita mesmo que em todo universo só tem a gente aqui?
Que pena se isso for verdade!
Humanos ainda tão medíocres.
Por isso eu prefiro os animais.
Eles não tem o tal do livre-arbítrio divino, eu sei.
Mas tem o coração puro.
Já dizia o excelentíssimo Nietzsche sobre as vaquinhas.
Sobre como funciona sua memória, e que é este o motivo para tanto desprezo aos problemas.
Deveríamos ser como as vacas.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Tudo para os que amam

E as frases clichês que são tão perseguidas
Aposto que os seus odiadores não podem esperar para serem ouvidas

Esses romantismos e sentimentalismos de filme pipoca
São tão rejeitados quanto invejados

Nem todo mundo consegue criatividade suficiente
Pra descrever o que sente

É para essas pessoas que os clichês são válidos
Eles pulverizam amores por todos os lados

Eu poderia listar os mais batidos, os comuns, os mais riscados
Mas provavelmente seria interpretada ao contrário

Apresento o maior.

De todos considero o rei dos clichês
Mas tão sonhado em ser ouvidos por vocês

Posso ver seus rostos de interna contradição
Quando chegarem ao fim desta canção

Quantos corações partidos
Quantos sorrisos abertos eternamente
Quantas vidas formadas
Quantas lágrimas não foram derramadas

Tudo por um único clichê
O que diz "Amo você!"

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Só preciso de um olhar.

É que quando eu te vejo, passa pela minha mente uma média de vinte mil palavras confusas.
Por dois segundos eu acho que você ainda não me viu e tento parecer calma.
Então você me olha também.
Imagino o que você está pensando.
Aí eu perco o controle dos músculos faciais e faço umas caretas que eu não sei o que querem dizer.
Mexo no cabelo, ajeito a blusa e seguro a alça da bolsa mais forte.
Sempre me bate um calor e eu fico com o nariz suado.
Minhas veias e artérias parecem que mudam de função e bombeiam o sangue completamente sem ritmo pro coração.
Como naqueles programas de editar fotos, todo o cenário vira um borrão e eu só foco em você.
Analiso com calma - e na minha imagem mental em slow motion - seus lábios se moverem e ouço sua voz dizendo "ei." seguida de um sorriso torto e tímido.
Meus pés ficam mais leves e o chão parece deslizar.
Sinto que estou prestes a cair.

Isso tudo, só até o momento que você abre de leve os braços e me toma neles, porque depois que eu sinto sua pele, são outras milhões de sensações que me custariam anos descrevendo.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Tempestade.

Segura a onda dessa vez, eu não vou aguentar.
Não estou aguentando.
Adoeci.
"Mas são só dois dias", ele pensa.
Poderia ser uma hora. O que é o tempo pra você?
Coisa alguma com sentido.
Juro que da próxima vez, me manterei sóbria, e saudável.
Mas não agora.
Escorreu dos dedos, correu.
O controle, o auto-controle e o descontrole se confundiram.
Não posso medir o tamanho nem sentir o cheiro do amor.
Não posso dizer qual é a cor, nem tão pouco o sabor.
Não vejo sua forma, sua fôrma e não conheço seu som.
Não posso dizer que vive em meu coração.
Mas eu o conheço. E ocupa cada célula.
É como se tivesse nascido comigo, mas desenvolvido só uma parte.
Até agora.
Porque hoje ele é desproporcional a mim.
Não cabe no meu corpo, ele transborda.

Para maiores informações, consultar essa descrição que é perfeita:
blog da linda Aymée.

domingo, 6 de novembro de 2011

abc

Nunca pensei que caberia em mim grandiosas construções.
Acordar querendo viver e sorrir.
Tanto amor que chega confundir corações.
Ávidos por saber o que de novo há por vir.
Lindas formas de sentir o velho amor.
Irregular, ilegal, imoral
Amor perfeito, que eu não tem medida e nem nada igual.

Belas palavras não vão te convencer.
Ouça minha voz que poderá compreender.
Nunca houve alguém como você.
Nem magia que me faça esquecer.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

S.O.S

Se querer que as coisas aconteçam exatamente da forma que você planejou é ser mimada, então eu sou mimada.
Se apostar que vai dar tudo certo no dia é ser ingênua, então eu sou ingênua.
Se achar que a vida é esquisita e que nada dá certo é ser ingrata, e nesse caso, contraditória, então eu sou ingrata e contraditória.
Se chorar de amor é exagero, então eu sou exagerada.
Se morrer de saudade de alguém que está do seu lado é doença, então me internem.

sábado, 29 de outubro de 2011

Corre devagar.

Acho engraçada a dinâmica do tempo.
Tem hora que ele se arrasta e geralmente, ou melhor, forçosamente quando eu preciso que ele corra. E pior que isso, quando é hora do tempo parar e fazer o aquilo durar eternamente, ele voa. Que sacana é esse senhor.
Esse tempo que me faz perder tempo.
Esse tempo que não é suficiente.
Nunca é o tempo certo.
Nunca é o tempo ao meu favor.
É o tempo curativo que eu não quero.
É o tempo escaldante que me aborrece.
O tempo frio que eu suo no quarto.
O tempo confuso.

Mas,
foi o tempo que me fez ela.
Sem ele eu estaria sozinha no calor.
Sem ele eu só teria um 'não', e não conheceria todos os 'sim'.
Foi o tempo que trouxe ela.
Foi o tempo quente dela que me fez suar no frio.
E agora eu quero todo o tempo do mundo. Pode ser pouco tempo, mas que seja suficiente, e que caiba tudo que eu preciso nele: ela.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Fase satisfatória - fim da minha oratória.

O que há com os macacos roubando trufas?
O que há com o céu apressado em mudar as luas?
O que há com esses pombos que não saem das ruas?

O que há com a beleza no encanto das serpentes?
O que há com as árvores que não mais deixam sementes?
O que há com a força desses sentimentos que ultrapassam o suficiente?

O que há com você que não sai mais da minha vida?
O que há com a gente que transforma tudo em armadilha?
O que há com eles que fazem questão de achar que estou abatida?

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

meu céu. meu sol. meus olhos.

Esses olhos que no sol tem cor de céu quando o sol está se pondo, eles olham minha alma.
Ela contente, sorri.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Everything here is nonsense.

Não leia.

Eu não sei mais escrever, e você não vai se interessar por um amontoado de letras sem lógica aparente. Eis aqui todo meu esforço de fazer algum sentido, sem sucesso.

Pego o papel, aponto o lápis e fim.
As palavras me fogem.
Pego a caneta, fico mordendo a tampa, na esperança de assim desenvolver.
Estou me iludindo.
Por mais que eu tente, não saio do lugar, o lápis e a caneta acabam jogados no papel.
Eu quero externar, falar tudo que eu to sentindo, mas toda sensação está retida nesse pequeno corpo.

Na tristeza e no rancor, escrevo para amenizar a dor.
Mas, na alegria e felicidade, eu só sei falar de saudade.
Essa saudade diária, que me faz contradizer
tudo aquilo pelo qual eu briguei, e me obrigas a querer.

Minha poesia não tem mais ritmo, não tem mais ordem.
Continuo com as palavras confusas e avulsas,
- reflexo da nova rotina, sem rotina e sem roteiro -
até que eu volte a desfocar suas curvas.

Te vejo hoje com certeza de saudade pela manhã.
Te beijo hoje com tamanho afinco, parece não haver amanhã.

Ora eu rimo, ora eu só
Brinco de jogar as palavras sem rumo no
Papel que parece me desafiar a escrevê-lo, ri da minha
Cara de boba frente aos seus olhos falantes.
Cintilantes, me acompanham durante a madrugada, enquanto eu me engano achando que dormi.
Mal adormeci e você me aparece sorridente, com o ar de melancolia feliz.

Um feliz pesado, quase dá pra dizer que é um feliz apaixonado.

- Sim. Não, não faz sentido.

sábado, 10 de setembro de 2011

Quero ser o papel.

Eu só queria um pouco de diversão, e acabei por me transformar numa máquina descontrolada de sorrisos bobos.O plano não era esse. Mas o improvável aconteceu.
Eu serei julgada, apedrejada e queimada na fogueira. Sou considerada herege entre os meus. Mas eu quero, eu vou.
Eu sei que é o certo, e eu quero o certo, por mais estranho que pareça, eu quero.
E você vem comigo, e isso me faz sentir menos peso. Sim, eu sei voar contigo.
Eu quero o pra sempre, eu quero o medo do fim, eu quero o abraço com saudade do dia anterior. Quero a ligação embriagada, quero a ansiedade pela resposta.
Eu quero mais, eu quero tudo.
Quero essa confusão, essa mesma que você está lendo, essa bagunça sem o menor sentido.
É exatamente isso que eu quero.
Ser seu papel.

domingo, 4 de setembro de 2011

menos uma.

A minha relutância está compreendida na insegurança.
Se não digo sim, é por faltar confiança.
Me dói o poder da lembrança,
Que só aparece pra arruinar a esperança.

Nada tira de mim que sou só mais experiência,
Que no fundo é só mais um de seus desejos
E que o encanto acaba ao final do beijo.

Espero que não passes o dia em branco,
Ainda que segurando minhas mão no banco.

Me tire a visão, pesa menos ao derradeiro coração.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Mais umas e outras in love.

É essa minha doença. Ela me deixa apreensiva.

Tenho medo de tudo que vem,
de tudo que quer chegar.
No fim das contas
ela me impede de respirar.

No meio de tanta timidez,
eu mudei sua mente.
Quando achei que tinha perdido a vez,
te ganhei finalmente.

São horas bobas,
e de tão feliz que fico, sinto-me tola.
E quem sempre quis chegar em casa correndo,
hoje torce pra rolar engarrafamento.

Na montanha russa improvisada,
impossível segurar gargalhada
Tudo mantendo baixa altura,
pra você ficar mais segura.

As tardes no frio mecânico,
forçando o aquecimento voluntário.
As falas já decoradas
dos clássicos mais vistos
e as risadas adiantadas.

O tempo passa e aumenta a tensão.
Com um só movimento, uma pontada forte no coração.
"O que foi?" "Nada não."

Vou deixar a insegurança de lado.
Vou virar a auto-estima de cabeça pra baixo,
que é pra ver se eu mereço esse laço
e se você me perde em seus cachos.

Há quem diga que são palavras apaixonadas,
que não se escreve assim ao vento.
Vou manter as cortinas fechadas,
e só te mostro no casamento.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

.odnaniculA

Opa. Acho que agora bateu.
Alguém está olhando pra mim. Não, todos na mesa me olham com olhos curiosos. O que eu faço?
"Oi?"
Risadas. Estou rindo também. Gargalhando.
"Estamos rindo do que, mesmo?"
Mais risadas. Acho que estou perdendo o ar, posso morrer a qualquer momento. Que idiota! Quem morre por rir demais? Eu, provavelmente.
Preciso levantar e ir ao banheiro, bebi algo diurético.. algos diuréticos, mas essa palavra não existe.
Daqui a pouco eu vou, me fizeram uma pergunta. Vou responder que sim.
"Sim."
Metade da mesa faz cara de satisfação, a outra metade acha minha resposta absurda. E eu ainda não sei do que se trata a pergunta.
Preciso parar de viajar, vou olhar pra um deles e focar. HEHEHEHE que nariz torto, será que ele tem problemas pra direcionar o ar?
MERDA, pessoa errada pra focar.
Ah é, o xixi! Sempre esqueço. Engraçado como a gente faz xixi e toma banho no modo automático, né?
Segunda eu acordo 4:40 da manhã. Preciso ver se o All Star branco secou, perdi os outros no buraco negro do meu quarto.
Ai meu deus, o xixi. Preciso de um tratamento de memória.
Vou levantar e ir agora.
-
Pronto. Lavar as mãos, tenho fiscais.
Bateu um soninho agora. Acho que vou ficar mais um pouco, aqui tá fresquinho...
...

...

MAS QUE BARULHO É ESSE? Acho que são pessoas querendo quebrar a porta do banheiro. CARALHO, dormi no banheiro de novo!
Vou parar de beber. Semana que vem eu peço só suco de abacaxi com hortelã!
"Calma, gente. Tá tudo sob controle, eu to bem!"
Risadas sem fim. Acho que vou morrer de rir.

Até semana que vem, Bar. Ele sempre me responde com um sorriso, e sempre me espera!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

nasce e morre o dia, e é sempre a mesma agonia.

Meus pensamentos são desviados. Perdi o foco. "Foco Sarah, foco!". Eu não quero. Não quero parar de pensar em nada. Ouço música alta para afastar lembranças da noite passada. Acordo antes do Sol, durmo antes da Lua. Eu chego primeiro, não me satisfaço com o melhor lugar, e só espero pelo dia passar.

E as pessoas passam apáticas, empurrando meus pés, com olhos de zumbi querendo meu cérebro mole demais. Deixo-me seduzir pelo balanço dos corpos vacilantes e sonho imagens turvas. Desperto com apitos, ou tremores, ou com você, e só espero pelo dia correr.

Chegada a hora do prazer penoso, daquela dor agradável, o cansaço que tranquiliza a todos os prazos. O relógio fica confuso: ora a hora congela, ora a hora acelera - sempre mudando a frequência só para se apetecer do desespero. Depois disso, o único movimento que ouso fazer é sorrir, e só espero pelo dia partir.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Prefácio.

Fique perto da luz, lá eu te vejo melhor.
Fique longe do fogo, é preciso controle para não alastrar.
Fique a vontade, quero conhecer o íntimo.
Fique como medo, assim aprende a valorar.
Fique com sono, o prazer de te ver dormir é impagável.
Fique sem graça, seu rosto corado pode até apaixonar.
Fique calma, minha pressa é só ansiedade.
Fique despenteada, é um bom sinal de inquietude.
Fique sem rumo, eu pego tua mão.
Fique eufórica, me sentiria especial.

Fique como quiser,
Mas fique.
Mesmo longe, fique.
Fique aqui.
Aqui.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

metamorfose.

Chico
João
Maria

Mushu
gaita
tatto

baixo
Simba
cachos

Mulan
wii
Duran Duran

dragon ball
cigarros
Alcione Marrom

sorverte
picachu
um foguete

aula
Valente
risada

foo fighters
isqueiro
scrabble

pokemon
desenho
designer

cerveja
maracujá
uma uva

quarto
frio
fogo

lápis
bar
rabisco

copos
luzes
câmeras

sol
praia
peitos

virtual
enfim
real.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Minha querida insensatez

Vocês não me entendem
Por isso, sou louca.

Vocês não se soltam
E me chamam de pervertida.

Vocês querem amores impossíveis
E de repente eu sou insensível.

Vocês planejam a vida perfeita
Eu vivo como dá e minha felicidade é invejada.

Vocês só ficam felizes com grandiosidade
Eu ganho o dia quando olho o chão pela janela do 513.

Vocês lutam pelos melhores lugares
Eu sento no chão e vejo de perto.

Vocês querem tudo
Eu amo tudo que tenho.

Eu tento me fazer ouvir
Vocês só ignoram.



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Um anjo, talvez.

Muitas palavras.
Muitos desenhos.
Muitos sentimentos.
Muitas confissões.
Muitas confusões.
Muitas intromissões.

Pouco tempo.
Poucas pessoas.
Poucas convergências.
Pouca experiência.
Poucas explicações.
Pouca vergonha.

Mais carinho.
Mais confiança.
Mais liberdade.
Mais intimidade.
Mais solidez.
Mais meu.

Menos ciúme.
Menos irritação.
Menos problemas.
Menos acusações.
Menos intrigas.
Menos preocupações.

Por mim, tudo.
Pra você, tudo.
Pra nós dois, tudo.
Pelo bem, tudo.
Pelo amor, tudo.
Pela eternidade, tudo.

s2! L.

A chave continua no mesmo lugar,

mas longe, inalcançável para você. 

Saia do meu caminho, não quero ser obrigada a passar por cima.
Tudo que era pra ser aproveitado, de fato foi.
Todas as possíveis chances de sucesso foram destruídas.
Todos os sorrisos se abriram, mas fecharam hoje para nunca mais.
Por isso, saia!

Saia antes que toda minha frieza te congele.
Antes que eu canse de olhar para os mesmos olhos mentirosos.
Você não é mais bem-vindo.
Na verdade, você nem bem, nem do bem é.
Por isso, saia!

Não quero mais ouvir.
Já não faz sentido fingir que eu me importo.
Não acredito mais em uma palavra.
A porta só espera você sair, para que seja fechada.
Por isso, saia!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Essas moças...

As loiras são tradicionalmente queridas. Algumas meninas preferem não se enturmar muito com elas. Mas eu, ah! eu as amo! Cada uma com a sua cor preferida. Gosto das baixinhas usando verde, mas fico contente com as altas nos tubinhos escuros. As loiras são pra qualquer dia, pro dia todo.

Agora as morenas.. nossa. Essas sim. Especiais. Poucos são aqueles que admiram, que estimam. Eu sou uma grande fã. Gosto do corpo, do jeito que elas se comportam na minha boca. São mais quentes por dentro que as loiras.

A novidade pra mim são as ruivas. Sensacionais pra dizer a verdade. Tive uma única experiência, mas não vejo a hora de reencontrá-las.

Me diz, o que são aquelas mexicanas douradas? Nem preciso de muitas pra me satisfazer. Essas sim! Essas sabem como alucinar alguém. Deixo que façam o que quiser comigo, elas querem que eu chupe os limões delas, faço com prazer.

Por último, as russas. Brancas, quentes, fortes e te descontrolam. Eu perco a noção de espaço com elas, perco parte dos sentidos, perco os sapatos, perco os amores por elas! Elas me dão dores de cabeça, ressaca moral. Mas eu não me desfaço! Afinal de contas, é uma bela de uma moça.

Não me entendam mal, adoro as mulheres, mas o assunto aqui é outro.

"Diga ao primeiro que passa, que sou da cachaça mais do que do amor."

domingo, 7 de agosto de 2011

"E no final,

é sempre a gente."

Você pode sumir, eu vou te achar.
Eu posso correr, você me caça.

Você pode ficar cansada, eu vou sentar ao seu lado.
Eu posso me exceder, você nem vai ligar.

Você vai rir alto, eu vou gargalhar.
Eu vou cair no banheiro público, você vai fotografar.

Você vai chorar no banheiro da escola, eu vou te abraçar.
Eu vou cansar dos saltos, você das noites agitadas.

Você vai querer girar, eu vou pegar sua mão.
Eu vou querer cantar, você vai tocar air guitar.

Eu vou dormir, você vai pegar minha mão.
Você vai acordar, eu vou te sorrir.

Você vai fazer planos, eu vou arrumar as malas.
Eu vou querer um sequestro, você vai pegar as armas.

Você vai me amar, eu vou te amar mais.
Eu vou te amar, você vai querer chorar.

A gente se ama, e vai se amar para sempre.
A gente se ama, e vai se amar.
A gente se ama.
A gente.
A gente se ama.
A gente se ama, e vai se amar.
A gente se ama, e vai se amar para sempre.

Uma poesia pra queen. Love you, S.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Silêncio.

Deparo-me com uma ironia.
A quietude surge em resposta à palavra exagerada.

Permanecerei calada.
Abstenho-me de falar.

De uma vez por todas perdi a confiança.
Tudo que me resta é a recordação.

Ainda consigo lembrar daquela sinfonia.
Mas a estrada que me leva à ela está quebrada.

Silêncio de uma descontrolada.
Que só espera o momento ideal para as palavras soltar.

Não quero perder toda a lembrança.
Mas este aqui já cansou, silenciado coração.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

confusão,

é isso. 


Uma bela de uma confusão.
Criada por mim.
Desesperada por mim.
Caçando-me.

Eu criei você que não existe.
Eu abandonei você que é real.
Eu quis abandonar a ilusão
E me acertar com a realidade.

Acho que estraguei tudo.
Não vivo mais no mundo real.
Corro do mundo suprassensível.
Fui expulsa dos meus próprios planos.

Assisto à minha vida.
Vejo as ruínas.
Ruínas de tudo que parecia certo.
É essa mania de achar que posso controlar o mundo.

Não controlo.
Perdi o controle.
E você sabe como eu fico quando perco o remoto controle.
Distante, remota.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A última canção

E de decepções em decepções, estou aqui.
Mas é como se não estivesse.
Depois de algumas lágrimas, pude então sorrir.
Que sorriso é esse?

É o sorriso de quem quer partir
Sem deixar marcas.
Fechar a porta e então sair.

Por mais que eu tenha reclamado
Dos seus vícios e adorações
Nenhuma dor supera aquela
Da maldita traição.

Se puder 
Joga fora o meu laço
Por favor, esqueça meu abraço
Por você espere asco.

sábado, 23 de julho de 2011

Vem comigo, baby.

"É esse o caminho", disse-lhe ela. "Estou nele, é nele que permanecerei. Ofereço-te companhia. Mostro-te os atalhos, mas faço questão de seguir pelo longo curso se me acompanhares.
Você não me conhece. Eu não sei se você existe de fato. Imagino-te. Sei que me imagina. Somos idealistas. Não sou nada disso. Você não é tudo aquilo. Ou somos?"

Ansiedade, curiosidade e intensidade. Boas palavras, pertinentes aos dois.
Como tudo isso surgiu? Em uma semana duas vidas mudaram. Duas, três, quatro. Ou estão pra mudar.
Futuro duvidoso. Nada que ela já não esteja acostumada. Esse universo da descoberta é fascinante.

"Sinto saudade de você. Não sei como isso é possível. Sinto falta de algo que não tenho, nunca tive", respondeu aos devaneios dela.

Ele estava confuso. Eram dois mundos. Duas opções. Na verdade cada opção carregava mil mundos. A ideia de tê-la era quase palpável.

"Deixo você partir, sei que estarás próximo, de alguma forma. Que o melhor aconteça."

Ela estava sendo honesta, em partes. Queria ele ali, o mais perto possível, ao lado, embaixo, por cima, por dentro.
Eram milhares de coisas que os dois poderiam oferecer. Os dois queriam poder oferecer. E queriam pra já. Mas não era assim que as coisas funcionavam. E a ilusão se propagava, na esperança da luz se acender e o futuro começar a ser certo.

E a história termina aqui. Sim, sem uma conclusão. Como poderia ter fim, sem um começo?

terça-feira, 12 de julho de 2011

+ 1 = 0

Minha matemática não funciona.
Sempre soube que não me sairia bem com exatas.
Não sou exata.
Não gosto de coisas exatas.
E pra mim, + 1 = 0.

Mais um, exatamente isso.
Apenas mais um na minha vida.
Não significou coisa alguma.
Faz sentido agora?
Concorda com meus cálculos?

domingo, 10 de julho de 2011

03:40

E por que eu ainda estou aqui?
Já é madrugada, não?
Eu não me importo mais, pra que?
Não me interessam os números, o que eu iria querer senão resultados?
Mas você brincou comigo, e isso não é ruim, como seria?
Brincadeiras não são sempre pra diversão?
São, não é mesmo?
E se a brincadeira não for suficiente?
E se a criança for mimada?
E se nada disso foi uma brincadeira?
E se o jogo for pra valer?
Quem comprou os ingressos?
Quem vai pagar pelo estrago?
Quem está comigo?
Eu tenho alguém?
Eu consigo ter alguem?
Mas eu nao tenho todos?

Não.

domingo, 26 de junho de 2011

No meu mundo, você não diria: “miau”. Diria : “sim, dona Alice.”

Eu queria que você torcesse parar o mesmo time que eu. 
E que tomasse freneticamente café.
Queria também que você tivesse a mente aberta pra novas experiências.
Por mim, você aproveitaria da maneira mais suja a minha bissexualidade.
Se eu pudesse escolher, você fumaria feito uma chaminé e não ligaria pra sua saúde.
Se eu tivesse o poder de mudar personalidades, você não me menosprezaria na frente das pessoas.
Como eu queria brilhar do jeito que eu brilho quando não estou com você.
Se desse, eu equilibraria suas brincadeiras.
Se fosse do jeito que eu gosto, você me amaria menos.
Se fosse tudo como eu quero você iria me trair só pra provar que não é perfeito.
Se tudo fosse feito de acordo com os meus desejos, não haveria dúvidas.
Se você me fizesse chorar, talvez eu seria mais forte.
Se você tivesse planos de me magoar, talvez eu quisesse com mais afinco.
Se as coisas funcionassem do jeito que eu planejo, você e eu seríamos mais felizes.
Se assim fosse, seria infinito.
Mas se tudo fosse dessa maneira, eu iria querer mudar.
Eu queria ser satisfeita.
Queria não reclamar sem motivos.
Me parece injusto chorar pela perfeição.
Mais que injusto, me parece insano não ficar feliz com a perfeição.
Eu sinto uma coisa estranha, é a minha mania de extremos.
Eu busco sempre o perfeito.
Mas o meu perfeito é corrompido.
Pra ser perfeito, tem que ser errante.
Eu quero que você acerte o que eu vou falar, antes que eu mesma pense.
Mas eu quero me decepcionar às vezes.
Eu quero que minha família te ame.
Mas que a gente esconda que transou na cama dos meus pais.

Você acha que consegue me fazer feliz? 


"Eu sei, não é assim. Mas, deixa eu fingir."

quarta-feira, 22 de junho de 2011

- Oi você, sou eu.

- Oi, prazer! Eu sou o cara que vai destruir a sua vida.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai arruinar seus planos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai mudar suas percepções.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai ousar mexer em suas perspectivas.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai torcer pra você perder.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te desviar do caminho.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai tirar suas noites de sono.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te arrancar suspiros de terror.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te desnortear.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai aprender a te machucar.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te fazer chorar em público.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai quebrar teus argumentos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai se intrometer nos teus sonhos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai transformar suas músicas preferidas em lixo.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te mostrar o que é ser selvagem.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai confundir teus desejos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te fazer trair seus ideais.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai ficar pra sempre na tua memória.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te fazer perder amigos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai rir das suas babaquices.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai falar mal dos seus bichos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai fazer tuas palavras parecerem banais.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai roubar toda a atenção que era destinada a você.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai gerar ciúme entre os seus.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te causar náuseas.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai gelar seu coração.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai desprezar todas as suas vontades.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai fazer você sentir os piores sentimentos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai fazer você passar pelos piores dias já vividos.
Oi, prazer! Você vai me odiar para sempre.

- Sabe, eu to super afim de levar essa relação pra frente. Você me parece muito interessante, o tipo ideal pra mim. Vamos, eu te mostro como seremos perfeitos um pro outro. Para sempre, quem fala por aqui, sou eu. 
O prazer é todo meu, e eu vou te amar pra sempre.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Qual o tamanho do problema?

Como é possível medir?
Um problema pode ser enorme hoje, mas daqui a dois anos, não vai mais existir. Você nem vai lembrar.
Um segredo que você tinha, hoje é piada, ninguém está interessado em saber, e nem você em esconder.
Um amigo que você jurou amar para todo o sempre e incondicionalmente, hoje passa por você na rua e o máximo que fazem é trocar dez palavras. Isso se ambos não fingirem que não se viram.
Um amor que você tinha certeza que seria a pessoa que diria "Sim" pra umas testemunhas, foi jurado de morte por você e toda a sua família e amigos.

Eu sei que você concorda.

E por isso, eis que me pego a questionar: por que tantas lágrimas?
Pelo que acabo de dizer, tudo é banal diante do Mestre Tempo.
Por que meu coração não para de sangrar?
Acho que sou eu.

Incrível essa minha capacidade de me contradizer.
Eu nunca dei importância pra nada, e agora, choro por coisas que superestimei.

Mais um texto pra coleção de pensamentos jogados, sem o menor sentido.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

E agora?

Por ora, acabaram as palavras.
Não se verá mais poesia.

Por ora, não terá mais som do coração.
Não se cantará mais a canção.

Por ora, será a solidão.
Acompanhada da melancolia.

Por ora, distância.
Talvez simpatia.

Por ora, tempo.
Aquele que sempre cura.

Por ora, lágrimas.
E nunca amantes.

Por ora, amor.
Mas sem encanto.

Por ora, a flor.
Mas sem acalanto.

Por ora, conversas.
Sem calor.

Por ora, o frio.
Sem o cobertor.

Por ora, aqui.
E agora acabou.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ei, você, idiota.

Eu sei que é preciso perdoar as pessoas. O coração fica mais leve e seu relacionamento com as pessoas fica muito melhor. É, eu sempre perdoo. E eu nunca me importei com isso. Achava-me até melhor que as outras pessoas por ter essa capacidade de esquecer qualquer maldade que fizeram a mim, sem sentimentos remoídos no peito.
Pois é. Acontece que por isso, parece que a galera resolveu fazer a festa.. "Vamo, lá negada, sacanear Maísa que ela não faz nada!" -.-
E qual é a minha revolta? 
Adivinha.
Eu - continuo - perdoando.
Isso me revolta porque eu não quero mais que iludam, que marquem coisas importantes pra mim, e depois por uma besteira, me deixem na mão. Não quero mais contar uma coisa que poucas pessoas sabem, e depois ouvir de outrem essa mesma história. Não quero mais ser tratada com mil e quarenta e duas pedras em cada mão, e ter que me manter em silêncio, porque a pessoa legitima a grosseria com o estresse. Não quero mais ver cenas impactantes e ter que tratá-las como se fossem banais, só pelo bem de uma instituição.

Não, eu não quero.
Mas eu continuo fazendo, e não me vejo deixando de fazer.
Se sinas e carmas de fato existem, esse é o meu : ser idiota.

terça-feira, 7 de junho de 2011

De Botafogo à Central do Brasil.

Você não se permite.
Você não me permite.
Você me fere com as suas palavras,
mesmo quando não são pra mim.
Eu posso suprir o vazio do teu coração.
Eu quero.
De repente, não exatamente como você espera.
Mas eu quero tentar salvar você de você.
Me deixa tentar apagar essas lembranças.
Faria bem pra mim ser útil.
Faria bem pra você uma dose maior de sossego.
Me deixa cobrir tuas feridas com meu afeto.
Eu nunca quis ser médica,
mas por você eu examino a tua dor e ofereço a cura.
Por mais louco que possa parecer,
eu me disponho.
Me disponho a estender a mão.
A abrir os braços.
E a fechá-los.
Ouve meu coração,
ele fala com você.
Diretamente com você.
Meus olhos dizem o que você precisa.
E minha voz de criança é só a representação dos sentimentos.
Você abriu sua vida.
Eu chorei a minha.
Você quer me convencer de uma coisa,
mas não vê que é exatamente o oposto.
Não vê que tudo que você diz que sou, 
na verdade é você.
Você fala que sou eu, 
pra esconder você.
Como naquele filme que a gente gosta,
você me inventa.
E eu perdi o foco,
pra variar.
É que eu tenho muito pra falar,
e poucas palavras.
Tenho muito a oferecer,
e poucas oportunidades.
Tenho muito a fazer,
e muito pouco tempo.
Alguns minutos num banco em movimento.

Mas nada disso vale a pena.
Você não me ouve.
Minhas palavras não chegam a você.
Minha ajuda é inútil.
Minha verdade não é tão certa quanto a tua.
Platão daria risada dessas nossas conversas.
Mas a minha ideia, é muito oposta da tua.

domingo, 5 de junho de 2011

Fuck it.

Aderindo ao movimento.

Como já bem disse minha digníssima Thaís : "O que para muitos parece um "foda-se", para mim, vai além. Não se trata só de tocar o foda-se, o "fuck it" fala de desapego, de alegria, de parar de dar corda pra tristeza. Se aquele algo/alguém não te faz tão bem, não te alegra tanto... FUCK IT, esquece, desapega, deixa ser." 
 Tenho que te agradecer, meu bem. A única coisa que eu tenho pensado esses dias é isso, e tem me ajudado. 
 Então, convido vocês a lerem o texto inteiro que está no link "Thaís" e, principalmente, aderirem ao movimento.


Eu to falando de amor, e não da sua doença.
Eu to falando de amor, e não do que você pensa!

sábado, 4 de junho de 2011

HA HA HA

Sabe quando voce dá risada de coisas que, a princípio te causariam repulsa? Então. Eis que estou a gargalhar. É tão incrivelmente patético que eu estou a ponto de chorar de rir.
 Você se faz de vítima, fala mentiras para os meus amigos, dramatiza questões pequenas. Pra quê? Me diz, PRA QUÊ?
 Se eu sou infantil, amigo, caralho, não sei. Eu to meio cega de ódio agora,  não sei porque eu to aqui querendo escrever.
Mas, honestamente, por mim você poderia morrer. E pode ser literalmente, eu não ligaria.
Um beijão pra você.

Humilde prepotência

Mais um comentário pra todos me odiarem : eu estou SEMPRE certa.
E por mais que eu quisesse estar errada, eu estou certa. Mesmo quando eu estou certa que algo de ruim vai acontecer (e eu queria estar completamente enganada), eu acerto.
Já tentaram negar isso, na verdade negam até hoje. É meio complicado acreditar que alguém não erre em suas teorias. Mas eu não estou mentindo, infelizmente.
 Há um mês eu conversei com um amigo e disse - em outras palavras: Eu vou perder você, vamos aproveitar esse dia e conversar sobre futilidades e sentimentalismos. Fiz questão de abraçá-lo forte na despedida.
Bingo.
Não, ele não desencarnou, permanece nesse plano espiritual. Mas ele se desconectou de mim.
Não quero dizer que ele não esteja mais presente na minha rotina, ele está. Mas na verdade,
 não está. Por mais complexo que isso possa parecer. Não sinto mais seus olhos, não sinto mais segurança. Sei que ele tem um apreço por mim, mas é muito instável.
Não tinha como ser diferente. Tudo aconteceu muito abruptamente: com uma semana de convivência as pessoas já achavam que éramos amigos de infância. E eu também.
Escrevo agora esse amontoado de palavras sem um sentido muito claro. Uma confusão de pensamentos, sem linhas de raciocínio.
Tento ficar bem porque eu sei que isso tudo aconteceu por um bem maior, duas pessoas agora são mais felizes que nunca antes. E até que eu consigo. Mas a distância do seu olhar me entristece. Não, me emputece. É isso, eu fico muito mais puta que triste. Puta porque se não fosse por mim, não existiria essa felicidade. E agora eu não tenho nada.
Estou sendo injusta. Mas é óbvio que eu tenho. Tenho pessoas maravilhosas que já existiam na minha vida, e tenho outras que estão me conquistando aos poucos, me ganhando do jeito que tem que ser pra ser pra sempre. E eu agradeço muito por isso.
E assim eu termino mais um .. texto? isso me parece uma mente perdida querendo escrever.

E ao menos foi eterno assim.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Back to me.

 Chega de declarações, agora eu vou voltar a delatar minhas injúrias.

 Eu estou com um problema de superação. Não, não é que eu precise superar alguma coisa ou superar alguém.. O problema é que eu não quero que as pessoas me superem. É simples: Não quero que um amigo que eu briguei arrume outro amigo. Não quero que um ex rolo/namoro/sexo arrume outro rolo/namoro/sexo. Quero que as pessoas pensem em mim pra sempre. Quero que elas não  me esqueçam.
 Por mim, eu seria aquela personagem dos filmes que causa insônia no protagonista, aquela que não deixa com que ele move on with his life, só pelo simples fato de já ter passado em sua vida. Me irrita o fato de já ter escutado : "Nunca vou te esquecer" e no ano seguinte, ver o safado com outra no shopping.
 Tá, um ano é coisa pra cacete.. mas porra NUNCA é nunca.. é pra sempre.. E tudo bem que eu tenha esquecido, talvez nem lembre o nome do cidadão, mas ele tem a obrigação de lembrar de mim.
 Então façamos assim: seja você um amigo, um namorado, ou um simples conhecido não venha me dizer que eu sou inesquecível e única. Eu não sou única, e você, impreterivelmente, vai me esquecer.

 Bem, acho que estou de volta com o blog.

 Sinto que depois desse texto, vou perder meus amigos e namorado. Mas não tenham medo dessa minha doença, ela não é contagiosa.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

E a nossa estrela...

Saudade das preocupações banais. Saudade da briga mais idiota que as paredes daquele colégio já presenciaram. Saudade da ingenuidade dos doze anos. Saudade da idéia de Eterno aos quatorze. Saudade daquela outra saudade, aquela que ainda era fresca, que as memórias ainda eram recentes, aquela dos dezesseis. Saudade dos arrependimentos e recomeços quase contemporâneos dos dezoito.
 Analisando por esse lado, a gente cresceu juntas. Sonhamos coisas parecidas, nos desiludimos com coisas parecidas. Neste fim parcial, rumos diferentes. Obviamente, outros fins parciais acontecerão e os destinos podem voltar a andar juntos.
 Passar vergonha e por problemas são tão comuns que, felizmente, fazem os momentos belos serem exaltados e lembrados com certa perfeição. Descobertas feitas mutuamente. Experiências divididas. Mudanças. E quantas mudanças... Foram físicas e psicológicas. Para as outras pessoas, as aparências foram mais impactantes, mas a gente sabe o que o amadurecimento tardio e ao mesmo tempo precoce representa pra nós, enquanto pessoas e enquanto amigas.
 Quero ter você de volta, mas não sei como seria. Não sei se seria possível. Na verdade, eu quero o tempo de volta, porque no passado eu te tinha e era perfeito.

 Não me peça pra voltar. Peça, Peça.

... nunca vai cair. 


E nesse clima de dedicações, este é pra você, Peça.
<3 Thaís.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Quiçá

Quero que você me deixe despenteada.
Quero suar.
Quero que você me arraste pro chuveiro e molhe meu cabelo, mesmo que eu diga “não”.
Quero que você me deixe sem ar me fazendo cócegas, mesmo que eu grite “pára, sério”.
Quero que você me reflita.
Quero que você me mate de vergonha gritando comigo na rua.
Quero que você me irrite dizendo que estou errada, quando eu sei que estou certa.
Quero que você não gaste dinheiro comigo, a menos que estejamos na Páscoa.
Quero que você não economize carinhos e beijos.
Quero que você saiba que estou diferente, mas não precisa adivinhar o nome do esmalte.
Quero que sinta ciúme, mas que não sufoque.
Quero que minta pra mim quando necessário.
Quero que possa falar a verdade sempre.
Quero que me ligue de madrugada só pra me contar da luta que eu perdi.
Quero que durma assistindo filmes cults no meu quarto.
Quero que grite no meu ouvido quando eu desmaiar.
Quero que você faça mais sexo comigo do que com qualquer outra.
Quero que duvide da minha sanidade.
Quero que me surpreenda.
Quero que ria se eu passar vergonha.
Quero que me passe tranqüilidade se eu ligar chorando.
Quero que atrapalhe meu espirro.
Quero que me chame de chata sorrindo.
Quero que diga me amar chorando.
Quero beijos no portão.
Quero perder horas fazendo nada com você.
Quero que a gente beba até passar mal.
Quero que a gente ria até faltar ar.
Quero que você me ame.
Quero que me faça amar.
Quero que me faça amor.
Quero morrer de amor.
Como eu esperaria menos da perfeição?

Dedicado à perfeição

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Because maybe,

 Foi tudo tão de repente. Justamente no momento que eu precisava de você. Eu queria achar alguém pra chamar de amigo. E você me encontrou. Quase que esse encontro não acontece. De última hora, o destino resolveu colocar você na Pasteur, na 210. Para a felicidade deste pequeno ser que vos escreve.
 Fiquei surpresa. A sua aparência bruta, revoltada esconde muito bem - pausa no texto pra salvar a moça no metrô - - no dia seguinte ... - um mar de sentimentos bonitos e nobres. Em poucos dias você me fez chorar, perder as palavras, rir até a barriga doer e até, sem querer, conhecer sua mãe.
 Não sei se ainda acredita que a Solidão pode te alcançar, mas se esse medo continuar existindo, segura a minha mão, eu te dou um abraço e mudo de lado na calçada pra você se sentir mais seguro. É capaz de você cansar de todo afeto que tenho disponível pra oferecer.
 Muito mais que um bode-expiatório ou um objeto de ciúme. Não, você representa mais que isso. Representa um novo conceito de amizade: "Se você me dá seu coração, eu te dou o meu. Simples. As pessoas que complicam muito as coisas."
 Se tem alguém que precisa agradecer, sou eu. Então, vamos lá..
Obrigada, Amizade. Obrigda, Vinicius Uzêda sem acento no i e com acento no e.

You're gonna be the one that saves me.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sim, é pra você.

 Não sei porque você ainda me ama. Tudo que escrevo de mal é direcionado à você. Todas as palavras duras e frias são para te ferir. Toda minha ira tem endereço.
 Na verdade, acho que eu sei.
 Eu não transpasso o que deveria. Acho que pra você só aparece a doçura. Todo o amargo está retido em mim.
 Achei que seria impossível, mas eu tenho um novo amor. Você foi substituíd-. Mas de alguma forma, você está tirando esse amor – mais uma vez. Ele já está acabando. Eu já perdi a essência de amar. Agora o que tenho é apatia.
 Chego a pensar que não é proposital. Mentira. Acho que é tudo muito bem calculado. E quando uma ferida começa a querer cicatrizar, subitamente, você encosta e...  Já era. Reaberta está.
 Perceba, mais palavras ásperas. E você, como de costume, vai achá-las bonitas. Quero perder totalmente o vínculo, mas você reaparece.
Não, dessa vez não vou pedir perdão. Vou esperar você chegar até mim. Quero ver você implorar pra me ter novamente. Mais uma mentira. Quem pede desculpas nessa relação não é você. Mesmo quando você está completamente sem razão, acho melhor me desculpar pelos teus erros em nome da paz. Ou do comodismo.
Eu não quero teus presentes. Não quero teus sorrisos. Cansei dos teus abraços. Quero te perder, mas você me acha.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Exatamente.

Como você saberia?
O bilhete na porta do teu carro não ficou claro.
Eu não falei alto o suficiente na sua secretária eletrônica.
Minhas lágrimas não eram tão molhadas assim.
E agora, como ficamos?
Ah, da melhor maneira possível.
Eu não sinto dor mesmo.
Não existe culpa em você.
Mas por que toda essa delicadeza?
Não faz sentido mesmo, sou sempre tão gélida.
Uma pedra bateria mais que o meu coração.
Talvez um gelo, como você sempre diz.
Quanta ironia. Pra quê?
Não quero falar a verdade.
Eu não suportaria.
Muito menos você.
Pretende parar?
Quando a vida estiver no fim.
Quando a vida estiver por começar de novo.
Quando a vida não quiser mais.
A propósito, quem é vida?
Aquela que você menospreza.
Aquela que eu sempre quis feliz.
Aquela que eu fracassei.
Cadê teu deus agora?
Acho que você destruiu.
Acho que nunca houve um.
Sempre criei personagens mesmo.
Mas e agora, como proceder?
Da única maneira plausível.
Como uma dama, uma princesa.
Sorrindo.
Resolveria?
Nunca falhou.
Pelo menos na superfície.
Melhor seria se você respondesse essa.
Desde quando você é assim?
Depende.
Fria, hoje.
Ingênua, sempre.
Feliz?
Como estaria?*
Por que não seria?*
Certo?*
Por que não me responde direito?
Você não sabe as perguntas.
Você não quer de fato saber a resposta.
Como se alguém realmente desse a mínima.
Mas eu te conheço tão bem, como não me interessaria?
Excelente pergunta.
Quem mudou não fui eu.
Você sabe muito bem como responder.
Está cansada?
Um pouco.
Não muito.
Sim.
De que?
Era mentira.
De tudo.
Deixa pra lá.
Por que sempre três respostas?
Pra você escolher a melhor.
Pra você excluir a pior.
Porque eu quero.
Está arrependida?
Claro que não.
Nem um pouco, não me arrependo de nada.
Eu minto às vezes.
Quantas perguntas restam?
Quantas eu suportar.
Quantas respostas eu tiver.
Muitas.
Acabou?
Mesmo se eu quisesse.
Nunca acaba.
Sim.
*Perguntas extremamente retóricas e estúpidas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Amor,

aquele que a gente faz.

Aparentemente, tudo começa com o olhar. Por mais óbvio que isso pareça, ele muda quando se desperta o desejo.
E como se estivesse no modo automático, sorrisos maliciosos tentam aparecer nos rostos que se conhecem tão bem.
E então, o passe de mágica : os mesmo lábios que sorriam, agora estão juntos. Movimentam-se, a princípio, lentamente.
Depois de poucos segundos, esses movimentos são acelerados e, inevitavelmente os corpos estão por inteiro unidos.
A mão que segura forte a cintura, não fica por mais que dois segundos lá. A essa altura, a tensão já está maior que qualquer outro sentimento.
Os olhos anseiam por uma visão mais bela. E quando o calor aumenta, algumas partes cobertas sentem a imensa vontade de respirar. Então, peça a peça é despida.
E, por mais incrível que possa parecer, os corpos conseguem ficar mais próximos ainda. E quando essa fusão está completa, suor, afagos, e respirações ofegantes são comuns.
Os batimentos cardíacos parecem não funcionar direito, estão mais rápidos que o habitual. Os olhos teimam em virar pra cima.
Pronto, os músculos da perna se contraem e por um segundo esquecem-se de respirar.

- respirações -

Os corpos estiram-se na cama. Beijos calmos, afagos no cabelo.
Olhos fechando, fechando, fechados. Sono eterno até que ela acorda, querendo parar de respirar de novo.

Aparentemente, tudo começa com o olhar.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ou será que não?

Acho que perdi o dom. Ou o prazer. Ou a inspiração.
Acho que não sei mais o que dizer.
Ou a vida que não me diz mais nada.
Talvez ela tenha tentado, e eu não a ouvi.
Talvez eu já tenha vivido tudo.
Mas isso é impossível.
Nesse caso, estaria morta.
Não tenho a intenção de viver por muito tempo.
Acho que meus hábitos não me permitiriam.
Posso tentar mudá-los. Rá! mentira.

Será que eu ainda terei vontade de transformar meus pensamentos em palavras?
Acho que à essa pergunta, não se tem resposta.

"Eu sou assim, te apresento o meu furacão."

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Responda-me,

se puder.

 Como é que assistir a uma série de vídeos, narrados por um gordinho, de pessoas em situações corriqueiras pode se tornar extremamente engraçado (para algumas pessoas, é claro) se, por acaso, elas caem ? Sim, estou falando das videocassetadas apresentadas pelo glorioso Faustão.
 Essa minha indagação não acontece por eu não achar graça em ver pessoas caindo e se estabacando no chão nas situações mais banais possíveis, a questão é : onde se encontra a graça? Na fragilidade das pessoas? Na incapacidade de se manterem em pé? Será que a força da Gravidade além de toda sua magnitude e importância, ainda é uma fonte de humor? Ta, forcei.
 Entendem minha dúvida?

 Acho que só parei pra pensar nisso porque eu caio muito. Sempre caio. Sempre rio. Sempre riem. E como eu costumo questionar tudo que acontece no mundo, esse assunto tão comum na minha existência não ficaria de fora.

 O ser humano é esquisito, mas eu sou muito feliz por conseguir dar risadas fáceis de coisas inúteis. Tudo bem que depois que falaram que "rir de tudo é desespero" as pessoas têm me chamado de insana e desesperada, mas eu sou suficientemente feliz.


"É capaz de você querer dizer que me ama. Meu jeito de dizer a verdade que te engana."

fuck

Esse último texto não está com a mesma fonte que os outros.
Não escrevi no texto em que citei algumas das minhas manias, mas quero deixar claro aqui que eu estou extremamente impaciente com esse acontecimento, porque não suporto ter apenas UMA palavra com a fonte diferente das demais.

Pronto. Desabafei. Acho que posso voltar a postar por aqui.