terça-feira, 22 de novembro de 2011

Só preciso de um olhar.

É que quando eu te vejo, passa pela minha mente uma média de vinte mil palavras confusas.
Por dois segundos eu acho que você ainda não me viu e tento parecer calma.
Então você me olha também.
Imagino o que você está pensando.
Aí eu perco o controle dos músculos faciais e faço umas caretas que eu não sei o que querem dizer.
Mexo no cabelo, ajeito a blusa e seguro a alça da bolsa mais forte.
Sempre me bate um calor e eu fico com o nariz suado.
Minhas veias e artérias parecem que mudam de função e bombeiam o sangue completamente sem ritmo pro coração.
Como naqueles programas de editar fotos, todo o cenário vira um borrão e eu só foco em você.
Analiso com calma - e na minha imagem mental em slow motion - seus lábios se moverem e ouço sua voz dizendo "ei." seguida de um sorriso torto e tímido.
Meus pés ficam mais leves e o chão parece deslizar.
Sinto que estou prestes a cair.

Isso tudo, só até o momento que você abre de leve os braços e me toma neles, porque depois que eu sinto sua pele, são outras milhões de sensações que me custariam anos descrevendo.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Tempestade.

Segura a onda dessa vez, eu não vou aguentar.
Não estou aguentando.
Adoeci.
"Mas são só dois dias", ele pensa.
Poderia ser uma hora. O que é o tempo pra você?
Coisa alguma com sentido.
Juro que da próxima vez, me manterei sóbria, e saudável.
Mas não agora.
Escorreu dos dedos, correu.
O controle, o auto-controle e o descontrole se confundiram.
Não posso medir o tamanho nem sentir o cheiro do amor.
Não posso dizer qual é a cor, nem tão pouco o sabor.
Não vejo sua forma, sua fôrma e não conheço seu som.
Não posso dizer que vive em meu coração.
Mas eu o conheço. E ocupa cada célula.
É como se tivesse nascido comigo, mas desenvolvido só uma parte.
Até agora.
Porque hoje ele é desproporcional a mim.
Não cabe no meu corpo, ele transborda.

Para maiores informações, consultar essa descrição que é perfeita:
blog da linda Aymée.

domingo, 6 de novembro de 2011

abc

Nunca pensei que caberia em mim grandiosas construções.
Acordar querendo viver e sorrir.
Tanto amor que chega confundir corações.
Ávidos por saber o que de novo há por vir.
Lindas formas de sentir o velho amor.
Irregular, ilegal, imoral
Amor perfeito, que eu não tem medida e nem nada igual.

Belas palavras não vão te convencer.
Ouça minha voz que poderá compreender.
Nunca houve alguém como você.
Nem magia que me faça esquecer.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

S.O.S

Se querer que as coisas aconteçam exatamente da forma que você planejou é ser mimada, então eu sou mimada.
Se apostar que vai dar tudo certo no dia é ser ingênua, então eu sou ingênua.
Se achar que a vida é esquisita e que nada dá certo é ser ingrata, e nesse caso, contraditória, então eu sou ingrata e contraditória.
Se chorar de amor é exagero, então eu sou exagerada.
Se morrer de saudade de alguém que está do seu lado é doença, então me internem.