domingo, 26 de junho de 2011

No meu mundo, você não diria: “miau”. Diria : “sim, dona Alice.”

Eu queria que você torcesse parar o mesmo time que eu. 
E que tomasse freneticamente café.
Queria também que você tivesse a mente aberta pra novas experiências.
Por mim, você aproveitaria da maneira mais suja a minha bissexualidade.
Se eu pudesse escolher, você fumaria feito uma chaminé e não ligaria pra sua saúde.
Se eu tivesse o poder de mudar personalidades, você não me menosprezaria na frente das pessoas.
Como eu queria brilhar do jeito que eu brilho quando não estou com você.
Se desse, eu equilibraria suas brincadeiras.
Se fosse do jeito que eu gosto, você me amaria menos.
Se fosse tudo como eu quero você iria me trair só pra provar que não é perfeito.
Se tudo fosse feito de acordo com os meus desejos, não haveria dúvidas.
Se você me fizesse chorar, talvez eu seria mais forte.
Se você tivesse planos de me magoar, talvez eu quisesse com mais afinco.
Se as coisas funcionassem do jeito que eu planejo, você e eu seríamos mais felizes.
Se assim fosse, seria infinito.
Mas se tudo fosse dessa maneira, eu iria querer mudar.
Eu queria ser satisfeita.
Queria não reclamar sem motivos.
Me parece injusto chorar pela perfeição.
Mais que injusto, me parece insano não ficar feliz com a perfeição.
Eu sinto uma coisa estranha, é a minha mania de extremos.
Eu busco sempre o perfeito.
Mas o meu perfeito é corrompido.
Pra ser perfeito, tem que ser errante.
Eu quero que você acerte o que eu vou falar, antes que eu mesma pense.
Mas eu quero me decepcionar às vezes.
Eu quero que minha família te ame.
Mas que a gente esconda que transou na cama dos meus pais.

Você acha que consegue me fazer feliz? 


"Eu sei, não é assim. Mas, deixa eu fingir."

quarta-feira, 22 de junho de 2011

- Oi você, sou eu.

- Oi, prazer! Eu sou o cara que vai destruir a sua vida.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai arruinar seus planos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai mudar suas percepções.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai ousar mexer em suas perspectivas.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai torcer pra você perder.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te desviar do caminho.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai tirar suas noites de sono.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te arrancar suspiros de terror.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te desnortear.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai aprender a te machucar.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te fazer chorar em público.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai quebrar teus argumentos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai se intrometer nos teus sonhos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai transformar suas músicas preferidas em lixo.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te mostrar o que é ser selvagem.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai confundir teus desejos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te fazer trair seus ideais.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai ficar pra sempre na tua memória.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te fazer perder amigos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai rir das suas babaquices.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai falar mal dos seus bichos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai fazer tuas palavras parecerem banais.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai roubar toda a atenção que era destinada a você.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai gerar ciúme entre os seus.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai te causar náuseas.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai gelar seu coração.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai desprezar todas as suas vontades.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai fazer você sentir os piores sentimentos.
Oi, prazer! Eu sou o cara que vai fazer você passar pelos piores dias já vividos.
Oi, prazer! Você vai me odiar para sempre.

- Sabe, eu to super afim de levar essa relação pra frente. Você me parece muito interessante, o tipo ideal pra mim. Vamos, eu te mostro como seremos perfeitos um pro outro. Para sempre, quem fala por aqui, sou eu. 
O prazer é todo meu, e eu vou te amar pra sempre.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Qual o tamanho do problema?

Como é possível medir?
Um problema pode ser enorme hoje, mas daqui a dois anos, não vai mais existir. Você nem vai lembrar.
Um segredo que você tinha, hoje é piada, ninguém está interessado em saber, e nem você em esconder.
Um amigo que você jurou amar para todo o sempre e incondicionalmente, hoje passa por você na rua e o máximo que fazem é trocar dez palavras. Isso se ambos não fingirem que não se viram.
Um amor que você tinha certeza que seria a pessoa que diria "Sim" pra umas testemunhas, foi jurado de morte por você e toda a sua família e amigos.

Eu sei que você concorda.

E por isso, eis que me pego a questionar: por que tantas lágrimas?
Pelo que acabo de dizer, tudo é banal diante do Mestre Tempo.
Por que meu coração não para de sangrar?
Acho que sou eu.

Incrível essa minha capacidade de me contradizer.
Eu nunca dei importância pra nada, e agora, choro por coisas que superestimei.

Mais um texto pra coleção de pensamentos jogados, sem o menor sentido.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

E agora?

Por ora, acabaram as palavras.
Não se verá mais poesia.

Por ora, não terá mais som do coração.
Não se cantará mais a canção.

Por ora, será a solidão.
Acompanhada da melancolia.

Por ora, distância.
Talvez simpatia.

Por ora, tempo.
Aquele que sempre cura.

Por ora, lágrimas.
E nunca amantes.

Por ora, amor.
Mas sem encanto.

Por ora, a flor.
Mas sem acalanto.

Por ora, conversas.
Sem calor.

Por ora, o frio.
Sem o cobertor.

Por ora, aqui.
E agora acabou.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ei, você, idiota.

Eu sei que é preciso perdoar as pessoas. O coração fica mais leve e seu relacionamento com as pessoas fica muito melhor. É, eu sempre perdoo. E eu nunca me importei com isso. Achava-me até melhor que as outras pessoas por ter essa capacidade de esquecer qualquer maldade que fizeram a mim, sem sentimentos remoídos no peito.
Pois é. Acontece que por isso, parece que a galera resolveu fazer a festa.. "Vamo, lá negada, sacanear Maísa que ela não faz nada!" -.-
E qual é a minha revolta? 
Adivinha.
Eu - continuo - perdoando.
Isso me revolta porque eu não quero mais que iludam, que marquem coisas importantes pra mim, e depois por uma besteira, me deixem na mão. Não quero mais contar uma coisa que poucas pessoas sabem, e depois ouvir de outrem essa mesma história. Não quero mais ser tratada com mil e quarenta e duas pedras em cada mão, e ter que me manter em silêncio, porque a pessoa legitima a grosseria com o estresse. Não quero mais ver cenas impactantes e ter que tratá-las como se fossem banais, só pelo bem de uma instituição.

Não, eu não quero.
Mas eu continuo fazendo, e não me vejo deixando de fazer.
Se sinas e carmas de fato existem, esse é o meu : ser idiota.

terça-feira, 7 de junho de 2011

De Botafogo à Central do Brasil.

Você não se permite.
Você não me permite.
Você me fere com as suas palavras,
mesmo quando não são pra mim.
Eu posso suprir o vazio do teu coração.
Eu quero.
De repente, não exatamente como você espera.
Mas eu quero tentar salvar você de você.
Me deixa tentar apagar essas lembranças.
Faria bem pra mim ser útil.
Faria bem pra você uma dose maior de sossego.
Me deixa cobrir tuas feridas com meu afeto.
Eu nunca quis ser médica,
mas por você eu examino a tua dor e ofereço a cura.
Por mais louco que possa parecer,
eu me disponho.
Me disponho a estender a mão.
A abrir os braços.
E a fechá-los.
Ouve meu coração,
ele fala com você.
Diretamente com você.
Meus olhos dizem o que você precisa.
E minha voz de criança é só a representação dos sentimentos.
Você abriu sua vida.
Eu chorei a minha.
Você quer me convencer de uma coisa,
mas não vê que é exatamente o oposto.
Não vê que tudo que você diz que sou, 
na verdade é você.
Você fala que sou eu, 
pra esconder você.
Como naquele filme que a gente gosta,
você me inventa.
E eu perdi o foco,
pra variar.
É que eu tenho muito pra falar,
e poucas palavras.
Tenho muito a oferecer,
e poucas oportunidades.
Tenho muito a fazer,
e muito pouco tempo.
Alguns minutos num banco em movimento.

Mas nada disso vale a pena.
Você não me ouve.
Minhas palavras não chegam a você.
Minha ajuda é inútil.
Minha verdade não é tão certa quanto a tua.
Platão daria risada dessas nossas conversas.
Mas a minha ideia, é muito oposta da tua.

domingo, 5 de junho de 2011

Fuck it.

Aderindo ao movimento.

Como já bem disse minha digníssima Thaís : "O que para muitos parece um "foda-se", para mim, vai além. Não se trata só de tocar o foda-se, o "fuck it" fala de desapego, de alegria, de parar de dar corda pra tristeza. Se aquele algo/alguém não te faz tão bem, não te alegra tanto... FUCK IT, esquece, desapega, deixa ser." 
 Tenho que te agradecer, meu bem. A única coisa que eu tenho pensado esses dias é isso, e tem me ajudado. 
 Então, convido vocês a lerem o texto inteiro que está no link "Thaís" e, principalmente, aderirem ao movimento.


Eu to falando de amor, e não da sua doença.
Eu to falando de amor, e não do que você pensa!

sábado, 4 de junho de 2011

HA HA HA

Sabe quando voce dá risada de coisas que, a princípio te causariam repulsa? Então. Eis que estou a gargalhar. É tão incrivelmente patético que eu estou a ponto de chorar de rir.
 Você se faz de vítima, fala mentiras para os meus amigos, dramatiza questões pequenas. Pra quê? Me diz, PRA QUÊ?
 Se eu sou infantil, amigo, caralho, não sei. Eu to meio cega de ódio agora,  não sei porque eu to aqui querendo escrever.
Mas, honestamente, por mim você poderia morrer. E pode ser literalmente, eu não ligaria.
Um beijão pra você.

Humilde prepotência

Mais um comentário pra todos me odiarem : eu estou SEMPRE certa.
E por mais que eu quisesse estar errada, eu estou certa. Mesmo quando eu estou certa que algo de ruim vai acontecer (e eu queria estar completamente enganada), eu acerto.
Já tentaram negar isso, na verdade negam até hoje. É meio complicado acreditar que alguém não erre em suas teorias. Mas eu não estou mentindo, infelizmente.
 Há um mês eu conversei com um amigo e disse - em outras palavras: Eu vou perder você, vamos aproveitar esse dia e conversar sobre futilidades e sentimentalismos. Fiz questão de abraçá-lo forte na despedida.
Bingo.
Não, ele não desencarnou, permanece nesse plano espiritual. Mas ele se desconectou de mim.
Não quero dizer que ele não esteja mais presente na minha rotina, ele está. Mas na verdade,
 não está. Por mais complexo que isso possa parecer. Não sinto mais seus olhos, não sinto mais segurança. Sei que ele tem um apreço por mim, mas é muito instável.
Não tinha como ser diferente. Tudo aconteceu muito abruptamente: com uma semana de convivência as pessoas já achavam que éramos amigos de infância. E eu também.
Escrevo agora esse amontoado de palavras sem um sentido muito claro. Uma confusão de pensamentos, sem linhas de raciocínio.
Tento ficar bem porque eu sei que isso tudo aconteceu por um bem maior, duas pessoas agora são mais felizes que nunca antes. E até que eu consigo. Mas a distância do seu olhar me entristece. Não, me emputece. É isso, eu fico muito mais puta que triste. Puta porque se não fosse por mim, não existiria essa felicidade. E agora eu não tenho nada.
Estou sendo injusta. Mas é óbvio que eu tenho. Tenho pessoas maravilhosas que já existiam na minha vida, e tenho outras que estão me conquistando aos poucos, me ganhando do jeito que tem que ser pra ser pra sempre. E eu agradeço muito por isso.
E assim eu termino mais um .. texto? isso me parece uma mente perdida querendo escrever.

E ao menos foi eterno assim.