terça-feira, 7 de junho de 2011

De Botafogo à Central do Brasil.

Você não se permite.
Você não me permite.
Você me fere com as suas palavras,
mesmo quando não são pra mim.
Eu posso suprir o vazio do teu coração.
Eu quero.
De repente, não exatamente como você espera.
Mas eu quero tentar salvar você de você.
Me deixa tentar apagar essas lembranças.
Faria bem pra mim ser útil.
Faria bem pra você uma dose maior de sossego.
Me deixa cobrir tuas feridas com meu afeto.
Eu nunca quis ser médica,
mas por você eu examino a tua dor e ofereço a cura.
Por mais louco que possa parecer,
eu me disponho.
Me disponho a estender a mão.
A abrir os braços.
E a fechá-los.
Ouve meu coração,
ele fala com você.
Diretamente com você.
Meus olhos dizem o que você precisa.
E minha voz de criança é só a representação dos sentimentos.
Você abriu sua vida.
Eu chorei a minha.
Você quer me convencer de uma coisa,
mas não vê que é exatamente o oposto.
Não vê que tudo que você diz que sou, 
na verdade é você.
Você fala que sou eu, 
pra esconder você.
Como naquele filme que a gente gosta,
você me inventa.
E eu perdi o foco,
pra variar.
É que eu tenho muito pra falar,
e poucas palavras.
Tenho muito a oferecer,
e poucas oportunidades.
Tenho muito a fazer,
e muito pouco tempo.
Alguns minutos num banco em movimento.

Mas nada disso vale a pena.
Você não me ouve.
Minhas palavras não chegam a você.
Minha ajuda é inútil.
Minha verdade não é tão certa quanto a tua.
Platão daria risada dessas nossas conversas.
Mas a minha ideia, é muito oposta da tua.

3 comentários:

  1. Gente, se botar meu nome no final nig duvida que fui eu que escrevi! haha (exceto, é claro, por ser uma poesia. E eu não escrevo poesias)
    Tá lindo :)

    ResponderExcluir
  2. HAUHAUHA. mas é boba, né? brigada. sempre achei que a gente escrevia parecido, rs.

    ResponderExcluir