segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Profanando a vida.

Sem vontade de comer, nada parece ter o gosto certo.
Forçada a esquecer que a idade não faz diferença.
Preguiça de viver.
Tudo anda tão cheio de um monte de nada completamente vazio.
Me irrita pensar que é isso mesmo e que vai ser assim para sempre.
Não quero enormes vazios de nada.
Preciso de vazios cheios de tudo.
Cores, formas, fôrmas diferentes, sem moldes.
Não há mais espaço para o pré-determinismo de outrora.
Eis o momento de celebrarmos nova aurora.
De quem foi a ideia de dizer que um dia tem uma ou vinte e quatro horas?
Conto minhas horas pelos fatos.
Como posso considerar  um dia perdido?
Isso não existe.
Acredita mesmo que em todo universo só tem a gente aqui?
Que pena se isso for verdade!
Humanos ainda tão medíocres.
Por isso eu prefiro os animais.
Eles não tem o tal do livre-arbítrio divino, eu sei.
Mas tem o coração puro.
Já dizia o excelentíssimo Nietzsche sobre as vaquinhas.
Sobre como funciona sua memória, e que é este o motivo para tanto desprezo aos problemas.
Deveríamos ser como as vacas.

2 comentários: