segunda-feira, 29 de agosto de 2011

nasce e morre o dia, e é sempre a mesma agonia.

Meus pensamentos são desviados. Perdi o foco. "Foco Sarah, foco!". Eu não quero. Não quero parar de pensar em nada. Ouço música alta para afastar lembranças da noite passada. Acordo antes do Sol, durmo antes da Lua. Eu chego primeiro, não me satisfaço com o melhor lugar, e só espero pelo dia passar.

E as pessoas passam apáticas, empurrando meus pés, com olhos de zumbi querendo meu cérebro mole demais. Deixo-me seduzir pelo balanço dos corpos vacilantes e sonho imagens turvas. Desperto com apitos, ou tremores, ou com você, e só espero pelo dia correr.

Chegada a hora do prazer penoso, daquela dor agradável, o cansaço que tranquiliza a todos os prazos. O relógio fica confuso: ora a hora congela, ora a hora acelera - sempre mudando a frequência só para se apetecer do desespero. Depois disso, o único movimento que ouso fazer é sorrir, e só espero pelo dia partir.

2 comentários: