quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A reviravolta de uma dama.

Ele era aquele típico menino de dezoito anos de classe média: ouvia as músicas que estavam na moda, passava a maior parte do tempo livre na internet conhecendo meninas pelo Orkut. Foi assim que Lucas conheceu Ana.
 Ela sempre foi tímida. Nunca ousou insinuar-se para um garoto ou fazer qualquer coisa que fugisse do padrão de menina de família. Não se divertia. Até que, por influência de novas amizades, decidiu retornar a visita de um menino, que achou interessante, numa página da internet.
 Ele se adiantou e logo deixou um recado. Ela gostou e assim Lucas e Ana começaram a se falar com frequência.
 Ela quis conhecê-lo pessoalmente (na verdade, ela queria um pouco mais que isso), mas ele só tomou a atitude que ela esperava, na segunda vez que foram ao cinema. Foi um pouco frustrante. Ana esperava mais. Ainda mais que ele era o primeiro menino com que se relacionava depois que mudou a perspectiva da vida que levava.
 Mesmo assim, ela se manteve firme nas investidas em Lucas. Ele pouco correspondia. Toda essa situação era muito nova para Ana, que se sentia insegura. Até que ela resolveu partir para o tudo ou nada. Perguntou se ele queria manter um relacionamento aberto. Ele respondeu que seria ótimo. Ela acreditou.
 Depois de um tempo, Lucas começou a demonstrar interesse em firmar um compromisso mais sério. Ana encheu-se de esperança, no fundo, ela continuava sendo aquela menina romântica. Por mais que ele não fosse a descrição fiel do seu homem ideal (na verdade, nem chegava perto da lista de características que ela tinha em mente), ela ficava feliz por saber que seus investimentos dariam certo.
 A única coisa que Lucas esqueceu de mencionar, foi que o compromisso que ele queria era com outra pessoa.  Lucas começou a namorar uma menina bem mais nova, com um intelecto digno de uma criança.
 Ana ficou devastada. “Como ele pôde?” – questionava as amigas. Passou uma semana inteira xingando Lucas. Ele tinha sido sua primeira desilusão amorosa. Primeira de algumas outras que ainda viriam. Mas agora ela estava mais forte.
 Ela passou por traições de todos os tipos. Foi julgada por amigos e família. Mas ainda assim, sentia-se muito mais feliz agora.
 Ana aprendeu com Lucas, amigos e família que deveria fazer o que desse vontade sempre, mesmo que as consequências fossem árduas. Elas a fariam amadurecer.
  Conseguiu o que queria. Estava em paz. Estava livre.

"Voltar atrás. Ou então, decida por não me ver jamais."

5 comentários:

  1. e hoje em dia Ana é uma nova mulher. MUAHA!

    ( saudade de comentar aqui.)

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  2. com certeza. ela passou dessa fase! ahahaha

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  3. Aymée sempre tem um comentário inoportuno... hahahahah

    está escrevendo cada vez melhor, meu anjo. parabéns :D

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  4. Caloura =) Adorei essa Ana, acho que todas nós mulheres, temos uma 'Ana'...me identifiquei tanto com ela, nossa! Mas, acho que por algum motivo essa Ana reflete vocÊ, neah?! Pq será?! rs Quem escreve cria o personagem e você é muitíssimo boa nessa ARTE! =*

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